quinta-feira, 25 de abril de 2024

 



CINCO-MARIAS

 

O Pequeno Príncipe, um livro atemporal

 

EUGÊNIA PICKINA

eugeniapickina@gmail.com

As pessoas são solitárias porque constroem muros ao invés de pontes. Antoine Saint-Exupéry

 

Li O Pequeno Príncipe na infância e me senti comovida pela história e belas ilustrações. Adolescente e depois adulta, reli o livrinho algumas vezes, pois a narrativa contém mensagens importantes e um conteúdo filosófico valioso.

Considerado um livro para criança, O Pequeno Príncipe foi escrito por Antoine Saint-Exupéry, um ilustrador e aviador, em 1943. Um clássico da literatura infantil em todo mundo, amado por crianças e adultos, o livro é um dos mais vendidos de todos os tempos.

O Pequeno Príncipe é uma bela história de reflexão e aprendizado. A trama gira em torno das experiências do pequeno Príncipe, um jovem que sai de seu planeta e viaja à procura de novos mundos e descobertas.  Em uma de suas aventuras o pequeno Príncipe vai parar na Terra, mais especificamente no meio do deserto, local em que encontra um piloto perdido após um pouso difícil. Enquanto o piloto tenta consertar seu avião, os dois criam um forte laço de amizade, compartilhando histórias e aprendizagens.

Atemporal, o livro oferece uma história poética que fala sobre nosso cotidiano, nossas amizades, nossa ganância, nossos erros ordinários e repetitivos: o homem que não vê com o coração, que só se importa com o trabalho, que só cultiva o dinheiro, que não tem bons amigos e, principalmente, o homem que não é capaz de manter viva a criança dentro de si. Guiado por um rico conteúdo, O Pequeno Príncipe leva o piloto (e o próprio leitor) a refletir sobre as certezas da vida.

Livro infantil recomendado para crianças a partir de 10 anos, ele também é uma daquelas histórias que merecem ser revisitadas sempre, porque sua mensagem é capaz de nos cativar profundamente ao longo da vida, suas incertezas e desafios…

À medida que a boa literatura funciona também como lições significativas, O Pequeno Príncipe é um livro que toda criança merece conhecer... E se você não leu, aproveite para ser inspirado por essa bela história pontuada por ricos ensinamentos.

 

Notinhas

 

São personagens preciosos do livro: o pequeno Príncipe, o piloto, a rosa, a raposa…

Alguns trechos inesquecíveis:

“É o cuidado que você dedicou a sua rosa que a faz tão especial.”

“É bem mais difícil julgar a si mesmo do que julgar os outros. Se conseguir julgar a si mesmo, provará que é um verdadeiro sábio.”

“Todas as pessoas grandes foram um dia crianças – mas poucas se lembram disso.”

 

*

 

Eugênia Pickina é educadora ambiental e terapeuta floral e membro da Asociación Terapia Floral Integrativa (ATFI), situada em Madri, Espanha. Escritora, tem livros infantis publicados pelo Instituto Plantarum, colaborando com o despertar da consciência ambiental junto ao Jardim Botânico Plantarum (Nova Odessa-SP).

Especialista em Filosofia (UEL-PR) e mestre em Direito Político e Econômico (Mackenzie-SP), ministra cursos e palestras sobre educação ambiental em empresas e escolas no estado de São Paulo e no Paraná, onde vive.

Seu contato no Instagram é @eugeniapickina

 

 

 

 



 

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quarta-feira, 24 de abril de 2024

 



Revista Espírita de 1865

 

Allan Kardec

 

Parte 7

 

Prosseguimos nesta edição o estudo metódico e sequencial da Revista Espírita do ano de 1865, periódico editado e dirigido por Allan Kardec. O estudo será baseado na tradução feita por Júlio Abreu Filho publicada pela EDICEL.

A coleção do ano de 1865 pertence a uma série iniciada em janeiro de 1858 por Allan Kardec, que a dirigiu até 31 de março de 1869, quando desencarnou.

Cada parte do estudo, que será apresentado às quartas-feiras, compõe-se de:

a) questões preliminares;

b) texto para leitura.

As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto abaixo. 

 

Questões preliminares

 

A. Em quantas categorias, em face das ideias espíritas, Kardec dividia o público de sua época?

B. As lágrimas dos pais, devido à desencarnação de um filho, são vistas de que modo pelos desencarnados?

C. A afinidade fluídica interfere na maior ou menor facilidade das comunicações?

 

Texto para leitura

 

71. A primeira utilidade da lei da destruição, utilidade puramente física, é na verdade esta: os corpos orgânicos não se mantêm senão à custa de matérias orgânicas, as únicas que contêm os elementos nutritivos necessários à sua transformação e manutenção. Eis por que os seres se nutrem uns dos outros, sem com isso aniquilar ou alterar o Espírito, que fica apenas despojado do seu invólucro. (Pág. 96.)

72. Além disso, afirma Kardec, há considerações morais de ordem mais elevada. A luta é necessária ao desenvolvimento do Espírito, porque é na luta que ele exercita suas faculdades. Aquele que ataca para ter o alimento e o que se defende para conservar a vida desenvolvem nesse esforço suas forças intelectuais. Um dos dois sucumbe. Mas o que foi que, na realidade, o mais forte ou o mais apto tirou do mais fraco? Apenas sua vestimenta corporal e nada mais; o Espírito, que jamais morre, mais tarde retoma outro. (Pág. 96.)

73. Como a mais imperiosa das necessidades materiais é a da alimentação, os seres inferiores da criação lutam para viver. O senso moral neles inexiste; sua luta tem, pois, por móvel unicamente a satisfação de uma necessidade. É nesse período que a alma se elabora e se ensaia para a vida. Mais tarde, ao atingir o grau de maturidade necessário à sua transformação, ela receberá de Deus novas faculdades: o livre-arbítrio e o senso moral, que darão um novo curso às suas ideias, mas isso só se dá gradativamente. Nas primeiras idades domina o instinto animal; depois o instinto animal e o sentimento moral se contrabalançam; o homem luta então, não mais para se alimentar, mas para satisfazer sua ambição, seu orgulho e a necessidade de dominar. (Págs. 96 e 97.)

74. Com o passar dos tempos, à medida que o senso moral ganha peso, a luta continua necessária ao desenvolvimento do Espírito, mas – de sangrenta e brutal que era – torna-se puramente intelectual e o homem passa a lutar contra as dificuldades da vida, não mais contra os seus semelhantes. (Pág. 97.)

75. Um leitor da Revista comunicou à direção dela um fato ocorrido em Montauban que impressionou a população: um pregador protestante, Sr. Rewile, capelão do rei da Holanda, num discurso pronunciado perante duas mil pessoas, afirmou-se claramente partidário das ideias novas difundidas pelo Espiritismo. Segundo a mesma fonte, o Sr. Rewile abordou com sucesso a questão das manifestações espíritas, em duas conferências dirigidas para alunos de uma Faculdade. (Págs. 97 a 99.)

76. Reportando-se a um artigo publicado a 5/3/1865 no Journal de Saint-Jean D’Angély, escrito pelo dr. A. Chaigneau, renomado médico da região, Kardec diz que o jornal que o publicou não é ligado ao Espiritismo e, com certeza, um ano antes não teria acolhido referida matéria, que desenvolve os princípios da doutrina. Ele conclui, portanto, que o fato – tal como se verificou em Montauban – estava a indicar uma melhor aceitação das ideias espíritas pela sociedade da época e uma ampliação do número dos seus partidários. (Págs. 99 a 102.)

77. Do ponto de vista da ideia espírita, acrescentou Kardec, o público se divide em três categorias: os partidários, os indiferentes e os antagonistas. As duas primeiras constituem a imensa maioria. Como os indiferentes ficam satisfeitos por encontrar numa discussão imparcial os meios de esclarecer aquilo que ignoram, os jornais nada têm a perder divulgando artigos simpáticos à doutrina, porque os partidários e os indiferentes são bastante numerosos para compensar as defecções que pudessem experimentar, se é que as experimentassem. (Pág. 102.)

78. Um assinante da Revista dirigiu uma carta a um irmão querido que havia falecido, pedindo-lhe que enviasse sua resposta por meio de um médium. O falecido atendeu ao pedido, respondendo às perguntas que o irmão, a pedido de seus pais, consignara na correspondência. (Págs. 103 a 105.)

79. Eis resumidamente o que o Espírito transmitiu à família: A) Por vezes é muito difícil aos Espíritos transmitir o pensamento através de certos médiuns pouco aptos a receber claramente, em seu cérebro, a impressão fotográfica dos pensamentos do comunicante. B) Os pais deveriam cessar o choro, porque as lágrimas servem para enervar e desencorajar as almas. Ele partira primeiro, mas em breve todos se encontrariam na vida espiritual. C) Sua morte, que tanto os afligia, constituíra, no entanto, o fim do cativeiro em que sua alma vivia na Terra. (Págs. 105 e 106.)

80. Vários ensinamentos ressaltam da comunicação precedente. O primeiro é a dificuldade experimentada pelo Espírito para se exprimir mediunicamente. É que a facilidade das comunicações depende do grau de afinidade fluídica existente entre o Espírito e o médium. Sem a harmonia entre um e outro, a única que pode levar à assimilação fluídica, tão necessária na tiptologia quanto na escrita, as comunicações são incompletas, impossíveis ou falsas. (Págs. 106 e 107.)

81. Constitui um erro, pois, impor um médium ao Espírito que se quer evocar. Cabe a ele escolher o instrumento. Se na reunião só houver um médium, existe um meio de atenuar a dificuldade: evocar o guia espiritual do médium e perguntar se a evocação de determinado Espírito é possível. Se houver incompatibilidade entre Espírito e médium, o comunicante pode transmitir seu pensamento por meio do guia do médium ou aceitar a sua assistência. Nesse caso, seu pensamento chegará de segunda mão. Vê-se, só por esse fato, quanto importa que o médium seja bem assistido, porque, se ele for dominado por um obsessor, um indivíduo ignorante ou orgulho, a comunicação será alterada. (Págs. 107 e 108.)

82. Em uma reunião realizada em Montauban, a Sra. G... – médium vidente e sonâmbula muito lúcida – viu quando um Espírito se curvou sobre sua perna e operou nela fricções e massagens sobre a região que, devido a uma entorse, doía muito. A operação foi muito dolorosa, mas ao cabo de dez minutos a entorse desapareceu, a inflamação se extinguira e o pé readquirira sua aparência normal. (Págs. 109 a 111.)

 

Respostas às questões propostas

 

A. Em quantas categorias, em face das ideias espíritas, Kardec dividia o público de sua época?

Ele o dividia em três categorias: os partidários, os indiferentes e os antagonistas. As duas primeiras categorias constituíam a imensa maioria. Como os indiferentes ficam satisfeitos por encontrar numa discussão imparcial os meios de esclarecer aquilo que ignoram, os jornais nada têm a perder divulgando artigos simpáticos à doutrina, porque os partidários e os indiferentes são bastante numerosos para compensar as defecções que pudessem experimentar, se é que as experimentassem. (Revista Espírita de 1865, pág. 102.)

B. As lágrimas dos pais, devido à desencarnação de um filho, são vistas de que modo pelos desencarnados?

Cada caso é um caso, mas a Revista publicou a mensagem de um Espírito que disse que seus pais deveriam cessar o choro, porque as lágrimas servem para enervar e desencorajar as almas. E acrescentou que ele partira primeiro, mas em breve todos se encontrariam na vida espiritual. Sua morte, que tanto os afligia, constituíra para ele o fim do cativeiro em que sua alma vivia na Terra. (Obra citada, pp. 103 a 106.) 

C. A afinidade fluídica interfere na maior ou menor facilidade das comunicações?

Sim. Diz Kardec que a facilidade das comunicações depende do grau de afinidade fluídica existente entre o Espírito e o médium. Sem a harmonia entre um e outro, a única que pode levar à assimilação fluídica, tão necessária na tiptologia quanto na escrita, as comunicações são incompletas, impossíveis ou falsas. (Obra citada, pp. 106 e 107.)

 

 

Observação:

Para acessar a Parte 6 deste estudo, publicada na semana passada, clique aqui: https://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com/2024/04/revista-espirita-de-1865-allan-kardec.html

 

 

 

 

 

 

 

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terça-feira, 23 de abril de 2024

 



A autoaceitação é sabedoria

 

CÍNTHIA CORTEGOSO

cinthiacortegoso@gmail.com

 

Aceitar a forma como se está ainda transitória é o primeiro céu claro a avistar. Pois de tantas relutâncias que já existem, ainda não haver a autoaceitação sem posicionar-se amavelmente a favor de si, sem dúvida, a vida se torna contrária demais à lei do amor. A resiliência é muito diferente do comodismo; em vários momentos ou até mesmo como necessidades próprias de determinada existência nos encontramos em situações mais delicadas do que um dia imaginadas. E está tudo bem, são passageiras e o novo tempo sempre chega, no entanto passar de uma maneira favorável, ainda que seja um momento difícil, é o reconhecimento da esplêndida oportunidade de mais uma existência, e isso é progredir.

Enquanto não aceitamos certos fatores e também a nossa circunstância, de fato, a vida fica impróspera, porque ela reflete a nossa movimentação. Se há alguma enfermidade, que a cura ou melhora sejam o objetivo, porém se, por algum motivo além de nossa singela observação, ela perdurar ou for congênita, o mais sensato a se fazer é amar-se ainda mais e ter consigo paciência, respeito e carinho. Se a situação é de relacionamento humano, então, que as melhores palavras possam ser ditas com uma dose bem generosa de mansidão. Caso outras ocorrências, de maneira permanente ou transitória, vierem com aviso ou de imprevisto, o amor é antes de tudo o sentimento mais acertado em qualquer tempo e lugar.

Ainda, se não houver aceitação de muitos fatos, eles continuarão a acontecer até que a compreensão seja mais determinada do que a resistência. Não se passa para um ano mais avançado na escola se não comprovar o aprendizado esperado e, assim, é igualmente com a escola da vida. Quando aceitamos as condições necessárias, tudo se torna mais suave e acolhedor; os dias perturbados e sem cor dão lugar às cores da harmonia.

A resiliência é uma das vertentes da coragem, pois aceitar algo que, por algum motivo maior, existe e assim continuará por certo tempo é sabedoria adquirida e confiança em Deus. Há o tempo mais calmo e também o mais desgastante; há a partida e a chegada; há a despedida e o reencontro; há a dor e a alegria; mas antes de qualquer situação há a eternidade e a vida pelo Criador.

O que for de nossa responsabilidade que façamos da melhor maneira com vontade. Se as situações forem além da nossa força que tenhamos a sabedoria vinda da fé para conduzi-las com luz, paciência e amor.

Quando houver mais aceitação, até mesmo a dificuldade diminuirá naturalmente, visto que a baixa resistência soltará as tensões e a suavidade da vida novamente retornará.

E ainda quando percebermos outras nossas novas resistências que possamos ser o nosso próprio apaziguador.

Na verdade, o que devemos ser é o nosso verdadeiro primeiro grande amor.

 

Visite o blog Conto, crônica, poesia… minha literatura: http://contoecronica.wordpress.com/

 

 

 

 

 

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segunda-feira, 22 de abril de 2024

 


 

A maravilha de sempre

 

Irmão X

 

O mundo antigo, na opinião de eméritos escritores, conheceu sete maravilhas, nascidas de mãos humanas:

O túmulo de Mausolo, em Halicarnasso; a pirâmide de Quéops; o farol de Alexandria; o colosso de Rodes; os jardins suspensos de Semíramis, em Babilônia; a estátua de Zeus, em Olímpia, e o templo de Diana, em Éfeso.

Mas o soberbo sepulcro que Artemísia II mandou erigir à memória do esposo ficou entregue à poeira, ao esquecimento e à destruição. A pirâmide do grande faraó é um monstro glorioso e frio no deserto. O orgulhoso farol de quatrocentos pés de altura eclipsou-se nas brumas do passado. O colosso de Rodes, todo de bronze, foi arrasado por tremores de terra e vendido aos pedaços a famoso usurário. Os magníficos jardins da rainha assíria confundiram-se com o pó. A estátua imponente de Olímpia jaz entre as ruínas que marginam as águas de Alfeu. E o templo suntuoso, consagrado a Diana, em Éfeso, foi incendiado e destruído.

O mundo de hoje possui também as suas maravilhas modernas:

Os arranha-céus de Nova Iorque; a torre Eiffel de Paris; a catedral de Milão; o museu do Louvre; o palácio de Versalhes; a construção de Veneza e o canal de Suez, além de outras como o telégrafo, o transatlântico, o avião, o anestésico, o rádio, a televisão e a energia atômica...

Existe, no entanto, certa maravilha de sempre que, acessível a todos, é o tesouro mais vasto de todos os povos da Terra.

Por ela, comungam entre si as civilizações de todos os tempos, no que possuem de mais valioso e mais belo.

Exuma os ensinamentos dos séculos mortos e permite-nos ouvir ainda as palavras dos pensadores egípcios e hindus à distância de milênios...

Faz chegar até nós a ideia viva de Sócrates, os conceitos de Platão, os versos de Vergílio, a filosofia de Sêneca, os poemas de Dante, as elucubrações de Tomás de Aquino, a obra de Shakespeare e as conclusões de Newton...

Alavanca da prosperidade, é o braço mágico do trabalho.

Lâmpada que nunca se apaga, é o altar invisível da educação.

Através dela, os sábios de ontem e de hoje falam às gerações renascentes, instruindo e consolando com a chama intangível da experiência...

E é ainda por ela que, no ponto mais alto da Humanidade, comunica-se Jesus com a vida terrestre, exortando o coração humano:

– Procurai o Reino de Deus e sua justiça... Perdoai setenta vezes sete... Ajudai aos inimigos... Orai pelos que vos perseguem e caluniam... Brilhe a vossa luz... Amai-vos uns aos outros como eu vos amei...

Essa maravilha de sempre é o LIVRO.

Sem ela, ainda que haja Sol no Céu para a Terra, a noite do espírito invadiria o mundo, obscurecendo o pensamento e matando o progresso.

 

Do livro Relatos da Vida, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.


 


 

 

 

 

 

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domingo, 21 de abril de 2024

 



O Consolador, 17 anos de vida

 

THIAGO BERNARDES

de Londrina-PR

 

Lançada no dia 18 de abril de 2007, a revista O Consolador festejou na última 5ª feira 17 anos de existência.

Idealizada em março daquele ano por José Carlos Munhoz Pinto e Astolfo Olegário de Oliveira Filho, a revista veio preencher uma lacuna que havia no trabalho de divulgação da doutrina espírita, especialmente no Brasil, em que os veículos a isso dedicados tinham geralmente – ou na maior parte dos casos – periodicidade mensal. Portanto, a opção pelas publicações semanais não se deu por acaso.

A data do lançamento também foi escolhida propositadamente, para coincidir com o aniversário de 150 anos d’ O Livro dos Espíritos, a principal obra espírita, assim reconhecido por todos, seja no Brasil, seja no exterior.

Como já foi dito por um de seus fundadores, a concepção da revista e a decisão de fundá-la precisaram somente de duas breves reuniões. “Parecia – disse ele - que a ideia já havia sido discutida antes, certamente nos momentos em que nos liberamos do fardo físico por ocasião do sono, de modo que todas as deliberações posteriores, a formação da equipe, o convite aos colaboradores do Brasil e do exterior, tudo isso se fez por meio da internet, como vem ocorrendo na preparação e na publicação de todas as edições.”

Os resultados, como os números comprovam, foram surpreendentes e muito acima do que se poderia esperar, especialmente nos acessos ocorridos fora do Brasil, por se tratar de uma publicação redigida no idioma português. O fato é que, somente nos primeiros 11 meses e meio de circulação da revista, o número de downloads de textos publicados já havia superado 126.000 casos, sendo 64 o número de países em que ela fora acessada e lida.

No mês de maio de 2007, o jornal O IMORTAL publicou uma reportagem sobre o surgimento da revista O Consolador. A matéria, assinada pela jornalista Fernanda Borges, pode ser acessada clicando-se aqui

Reproduzimos parte da matéria, cuja recordação entendemos seja importante visto que se trata do registro de um fato cuja verdadeira dimensão não temos, por razões óbvias, condições de aquilatar.

Assim escreveu a jornalista Fernanda Borges:

 

Há 150 anos surgia uma doutrina que, articulada pelo plano espiritual, vinha com o objetivo de consolar e levar as pessoas ao conhecimento e ao exercício da fé racional. Hoje, com milhares de adeptos em todo o mundo, a Doutrina Espírita cumpre o compromisso e vem se mostrando cada vez mais consoladora.

Foi com o objetivo de homenagear o início dessa doutrina tão especial que espíritas de Londrina e região estiveram reunidos no dia 18 de abril no Centro Espírita Nosso Lar. Organizado pela União Regional Espírita da 5ª Região, o evento contou com presença da palestrante Rosana Voigt Silveira, do Núcleo Espírita Benedita Fernandes, que proferiu uma palestra sobre o tema “Os 150 anos de O Livro dos Espíritos”. Também estiveram participando do evento os criadores e diretores da revista espírita O Consolador, Astolfo Olegário de Oliveira Filho e José Carlos Munhoz Pinto.

Logo no início de evento, os criadores da revista fizeram uma apresentação do periódico que nascera naquele mesmo dia. Com o lançamento previsto propositadamente para a data em que se comemoram os 150 anos de O Livro dos Espíritos, o primeiro número da revista – que agora já está na segunda edição – foi produzido com a ajuda de espíritas residentes em diversos pontos do mundo, os quais estarão contribuindo com a divulgação da Doutrina Espírita semanalmente. “Todos os confrades que convidamos para fazer parte desse trabalho, exceto em dois casos, aceitaram o convite, felizes”, disse Astolfo Olegário.

Em sua explanação, o Diretor da Redação da revista explicou que ela será redigida exclusivamente para circulação na internet. Segundo ele, várias foram as razões para a criação do periódico. “Recebemos uma mensagem de uma brasileira que mora no Líbano pedindo-nos que nós, do Brasil, fizéssemos orações para o ministro de Israel e para as pessoas que sofriam com o conflito que acometia na ocasião o povo libanês. Outros fatores, como o grande número de acessos à página na internet do jornal O Imortal, também nos levaram a pensar num veículo de divulgação da doutrina que pudesse chegar rapidamente às pessoas em qualquer lugar do mundo”, comentou.

Ainda de acordo com ele, além das matérias doutrinárias e das notícias concernentes ao movimento espírita no Brasil e no exterior, a revista proporcionará ao leitor o acesso a uma série de recursos – biografias, textos de livros, estudos sistematizados, mensagens de voz gravadas por Chico Xavier – e ainda um curso gratuito do Esperanto, a língua internacional cujo objetivo é facilitar a comunicação entre os povos do mundo inteiro.

Em seguida, valendo-se de um telão municiado por um projetor de multimídia, o Diretor Administrativo da revista, José Carlos Munhoz Pinto, apresentou os aspectos técnicos da revista e todos os seus links, diante de um público numeroso que, logo em seguida, pôde assistir à palestra feita por Rosana Silveira, convidada especialmente para falar sobre os 150 anos de “O Livro dos Espíritos”.

 

Parabéns a todos que contribuíram para que O Consolador não apenas surgisse, mas se tornasse o veículo que é, que tanto tem contribuído para a divulgação correta dos ensinamentos espíritas neste momento em que a Terra se prepara para novos tempos, em que o bem e a caridade serão a tônica na vida de todas as pessoas. Claro que isso demandará muito tempo, certamente vários séculos, mas em toda caminhada, por mais longa, é preciso dar os primeiros passos.

O primeiro número que deu início à trajetória da revista, publicado em 18 de abril de 2007, pode ser lido, bastando para isso clicar aqui

 

 

O texto acima foi publicado neste domingo na revista O Consolador - https://www.oconsolador.com.br/ano18/868/principal.html

 

 



 

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